Este é o número de registros pelo Disque 100, no período de 2003 a 2011. Mas o número pode ser maior, considerando que muitas vítimas não conseguem denunciar
O serviço telefônico Disque 100, mantido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, registrou, entre 2003 e março de 2011, 52 mil denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes de todo o país. Oito em cada dez vítimas são meninas.
O estudo, divulgado pelo governo federal, aponta a existência de delações desses crimes em 2.798 municípios brasileiros, sendo que a região Nordeste apresenta o maior número de municípios (34%), seguida pelo Sudeste (30%), Sul (18%), Centro-Oeste (10%) e Norte (8%). Entre as capitais, o ranking de cidades que mais denunciaram é liderado por Salvador (BA), seguida pelo Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), São Paulo (SP) e Natal (RN).
Mas, conforme lembra uma matéria publicada no site Pró-Menino (http://www.promenino.org.br/), o combate ao abuso e a exploração sexual não termina na denúncia. “A denúncia, em qualquer circunstância, é importante. Porém, existe o problema de que não necessariamente ela irá se transformar em uma notificação ou em um atendimento”, explica a socióloga e especialista Graça Gadelha, na matéria do referido site.
Além disso, continua o site Pró-Menino, a existência de um alto número de denúncias em um determinado local não significa que nessa região o problema seja mais combatido. “Depende da mobilização local, do nível de conscientização das pessoas em relação a essa situação, dos graus de banalização e naturalização do problema”, complementa a especialista.
Sabendo disso, a Campanha do Bem tem buscado mobilizar cada vez mais pessoas, nos diversos setores da sociedade, para agir depois que a denúncia é feita. Se você conhece alguém que sofre com violência, disque 100. Sua identidade será mantida em segredo. Converse com essa pessoa e indique a ela o Instituto Chamaeleon. E, se você quer fazer ainda mais, colabore financeiramente com a Campanha do Bem, comprando um exemplar da revista Logos3-Ética e Empreendedorismo Social Além de boas matérias voltadas para o Terceiro Setor, você ajuda no tratamento de centenas de crianças e adolescentes vítimas de violência e maus tratos.
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